Documentário de skate ganha um Oscar

“Learning To Skateboard In A Warzone (If You’re A Girl)”, em português literal Aprendendo a andar de skate em uma zona de guerra (se você é uma garota), ganhou a estatueta do Oscar na categoria Documentário curta-metragem.

O filme de 40 minutos dirigido pela norte-americana Carol Dysinger mostrando o projeto social Skateistan do australiano Oliver Percovich no Afeganistão foi aclamado pela Academia de Artes e Ciências Cinematográficas de Hollywood na noite do último domingo.

Ao receber o Oscar, a diretora Carol Dysinger discursou tremendo: “Eu trabalho no Afeganistão desde 2005 e este filme é a minha carta de amor às corajosas meninas daquele país. Para chegar de Cabul até aqui, foi preciso não desistir e ter o trabalho de muitas professoras, o tipo de professora que tento ser na NYU Film Academy, o tipo de professora do Skateistan. Elas ensinam às garotas coragem, a levantar a mão e dizer ‘Eu estou aqui, eu tenho algo a dizer e eu vou andar naquela rampa. Não tente me impedir’”.

Nos últimos anos o skate esteve presente de forma muito bem representativa no Oscar.

Em 2014 Spike Jonze ganhou a estatueta de melhor roteiro original pelo filme “Ela”, em 2015 “O Menino e o Mundo“, do skatista paulista Alê Abreu, concorreu como melhor animação e em 2018 o documentário longa-metragem “Minding the Gap“, do Bing Liu, foi um dos finalistas.

A cerimônia do Oscar 2020 acontecerá no dia 9 de fevereiro.

No dia 13 de janeiro de 2020 será anunciada a lista final com todas as categorias e finalistas, e além do “Learning To Skateboard In A Warzone (If You’re A Girl)”, “The Last Black Man in San Francisco” pode surgir em alguma(s) categoria(s).

‘Learning To Skate In A War Zone (If You’re A Girl)’ segue uma turma de meninas do Skateistan, uma Ong que começou como uma escola de skate em Cabul em 2007 e cresceu em uma iniciativa educacional multinacional. O Skateistan se concentra no recrutamento de meninas de bairros pobres, não apenas para ensiná-las a andar de skate, mas também para ajudá-las a obter coragem e habilidades para a vida que transcenderão o skate e a sala de aula para ajudá-las a prosperar e se adaptar aos desafios que estão por vir. Ao longo do ano letivo, as meninas crescem e se tornam empoderadas pela alegria do skate e pelo calor e inspiração das mulheres que as ensinam.

No Afeganistão, muitas meninas jovens não podem participar de esportes. Normas culturais e religiosas, juntamente com outros fatores, como preocupações com segurança e anos de guerra, resultaram em limitadas oportunidades atléticas e recreativas para mulheres e meninas, especialmente aquelas que vêm de bairros pobres. Mas há uma nova geração de meninas afegãs que acreditam que podem fazer qualquer coisa.

O filme segue uma turma de garotas do Skateistan, uma organização sem fins lucrativos que começou como uma escola de skate em Cabul em 2007 e se transformou em uma iniciativa educacional multinacional. O Skateistan se concentra no recrutamento de meninas de bairros pobres, não apenas para ensiná-las a andar de skate, mas também para ajudar a educá-las para que possam ingressar – ou retornar ao – sistema público de escolas. Ao longo do ano letivo, as meninas crescem e se tornam empoderadas pela alegria do skate e pelo calor e inspiração das mulheres que as ensinam.

Para as meninas de nosso filme, a chance de andar de skate apresenta uma experiência única – competir, jogar, aprender seus pontos fortes e ganhar coragem, habilidades para a vida que transcenderão o skate e a sala de aula para ajudar as meninas a se adaptarem e prosperarem com o esporte. Oportunidades de mudança recentemente disponíveis para eles.

‘Aprendendo a andar de skate em uma zona de guerra (se você é uma garota)’ teve sua estreia mundial no Tribeca Film Festival de 2019, onde ganhou o júri de Melhor Curta-Metragem de Documentário.

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