Cristiano Nego Bala

Cristiano Nego Bala aos 45 do Primeiro Tempo

Cristiano Nego Bala
Cristiano Nego Bala aos 45 do primeiro tempo. (Sidney Arakaki)

Em 1999, quando fui para Brasília pela primeira vez, lembro que fiquei chocado quando vi o Nego Bala andando de skate.

Era um campeonato profissional, numa pista de skate com obstáculos gigantes (Tribal Skatepark), eu estava em cima do quarter (de mais de 2 metros de altura) quando alguém deu um flip to fakie na minha cara. Perfeito, daqueles que colam e flutuam, sem as mãos.

Naquela época, a gente ia para os campeonatos e conhecia todo mundo, de se cruzar nas sessões, eventos ou ver nas revistas.

Nego Bala era um desconhecido skatista amador para nós de São Paulo, pelo menos pra mim, que nunca tinha visto ou escutado falar nele.

Mas uma lendinha em Curitiba, já que ele chegou a morar lá na infância e andava com o Piolho.

Eu não me lembro se ele correu como convidado no evento, mas nunca mais vou esquecer desse flip.

Principalmente porque até hoje é uma manobra que poucos dominam como ele, por ser técnica e ao mesmo tempo, requerer ter muita atitude.

Cristiano anda literalmente como uma bala e o apelido cai perfeitamente nele nesse sentido.

Essa pequena intro é para falar do tema desse post, o vídeo “Aos 45 do segundo tempo”, que foi lançado sábado.

O Cris passou alguns dias em São Paulo e cruzei com ele algumas vezes pelo centro.

Faz anos que não nos víamos, já que ele morou um tempo em São Paulo, foi embora e nunca mais tinha voltado.

Semana passada ele tinha comentado que ia embora para Brasília no dia 9 e antes disso, ia lançar um vídeo solo.

No sábado, colei no Vale pra saber se ia rolar o lançamento do vídeo, e ele me pareceu desanimado, dizendo não saber, que o Gian Naccarato estava na responsa.

Fui embora, e no começo da noite recebi uma mensagem do Sandro “Testinha” me convidando para uma festa surpresa de lançamento do vídeo.

Mas eu preferi dormir para acordar cedo domingo, bem disposto para andar de skate.

De tarde, trombei o Nego Bala, antes de assistir o vídeo.

Ele me descreveu a noite da surpresa e fiquei muito feliz pela consideração que tiveram para aprontar a festinha.

E me explicou que o nome do vídeo é “Aos 45 do segundo tempo” porque foi todo produzido nessa fase sóbria dele, depois de anos de doidera.

Pra mim, como eu disse para ele, ainda é o PRIMEIRO TEMPO!

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