Em 30 anos o mundo deu voltas e os World Championships chegaram ao Brasil

Há 30 anos atrás, em 1989, no campeonato mundial de skate da Alemanha, o Münster Monster Mastership, os skatistas brasileiros eram prejudicados pelo preconceito.

A organização boicotava a comitiva brasileira e os skatistas era desmerecidos por todos, dando prioridade para os norte-americanos.

Uma das coisas mais absurdas narradas na época, foi terem empurrado a última bateria, que seria o treino dos brasileiros, para 1h (uma da madrugada!).

E, quando os caras começaram a se aquecer… apagaram as luzes do ginásio.

Desacreditaram dos skatistas do Brasil, mas mesmo assim todos representaram e Lincoln Ueda chegou até a final.

Lincoln Ueda, então com 15 anos, ficou atrás apenas do campeão Tony Hawk, Tony Magnusson e Jeff Kendal.

A quarta colocação foi histórica, com valor similar ao de campeão para o skate brasileiro, porque nunca um skatista daqui havia conseguido ir tão longe numa competição importante.

Lincoln Ueda
Em 1989 Lincoln Ueda abriu as portas para o Brasil e em 2019 é head judge dos principais campeonatos mundiais de Park. (Sidney Arakaki)

E a partir daí, o skate brasileiro começou a ganhar respeito no cenário internacional.

Foi um processo gradual oscilante até 2019, exatamente 30 anos depois, quando o Brasil divide com EUA e Japão o favoritismo para ganhar medalhas nas Olimpíadas, e São Paulo sediar duas competições internacionais importantes emendadas.

Na semana passada rolou o World Skate Park World Skateboarding Championship, com quase 200 inscritos de mais de 30 países, entre homens e mulheres.

Nessa semana, está rolando o Street League World Championship, também com skatistas de todos os continentes.

Os dois principais campeonatos de skate do ano na importância do ciclo olímpico.

Chega a ser irônica essa história. Mas é a melhor definição para “o mundo da voltas”.

Depois de 30 anos, os World Championships chegaram ao Brasil.

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