adidas Skateboarding libera “Away Days”

A adidas Skateboarding liberou online o “Away Days”.

https://youtu.be/SOsrt_TSIxA
No mês de maio a adidas lançou seu primeiro vídeo de skate, o “Away Days”. Depois da première com o time completo em Los Angeles, a marca dividiu os skatistas em grupos e rolaram exibições em diversos países. Para o Brasil, vieram com Rodrigo TX e Klaus Bohms, Nestor Judkins, Pete Eldridge e Benny Fairfax. A exibição foi um dos eventos de skate mais impressionantes que pude presenciar. Foi montado um telão 4K debaixo do MASP e a avenida Paulista parou pra assistir um dos melhores vídeos de skate de todos os tempos.
Algumas horas antes do evento tive o prazer de conversar com os skatistas no escritório da agência que cuida da adidas Skateboarding no país. O artigo foi originalmente publicado no triboskate.com.br e reposto aqui nessa oportunidade com o vídeo na íntegra.

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Os skatistas relembraram que em Barcelona, no ano passado, foi a primeira vez que o time todo foi reunido ao mesmo tempo no mesmo lugar. A reunião na Espanha foi para filmar a intro do “Away Days” e produzir a foto de promoção (essa acima).

A última vez que a adidas mais chegou perto de reunir todos os skatistas da marca foi em 2010, quando vieram ao Brasil fazer uma turnê. Apenas Raul Navarro faltou, pois estava se casando na Espanha.

Até Rodrigo TX, que ainda não era da adidas, estava na demo que rolou em São Paulo. Rodrigo era da éS footwear e foi prestigiar os skatistas e pedir um autógrafo para Mark Gonzales.

A histórica foto no Saints, com Mark Gonzales, Klaus Bohms, Rodrigo TX, Dennis Busenitz, Silas Baxter-Neal, Nestor Judkins, Pete Eldridge, Mark Suciu, Lucas Puig, Benny Fairfax, Jake Donnelly, Lem Villemin, Alec Majerus, Miles Silvas, Tyshaw Jones, Na-Kel Smith, Jack Fardell, Chewy Cannon, Raul Navarro, Günes Ozdogan, Dennis Durrant, Kevin Lowry e Gustav Tønnesen talvez seja o maior registro de um time de skate já reunido na história. “Estamos no Guinness Book”, brincou Klaus.

O Saints era o ponto de encontro diário dos skatistas e a equipe de produção do Away Days, e juntar todo mundo já era uma grande missão. Após se reunir, o time era dividido em três grupos, pois seria impossível todos andarem ao mesmo tempo num mesmo pico. “Mas no Saints, todos andavam juntos enquanto tomavam café e esperavam os outros chegarem”, relembra Nestor.

Os encontros diários eram marcados para as 10h, mas as missões só começavam às 13h, quando os últimos atrasados chegavam. “Ninguém queria ser o último a chegar. Contanto que não fosse o último, era Ok chegar atrasado”, se diverte Benny. E Klaus brinca, “quem será que foi o campeão de chegar por último?”.
Pete comentou que “era engraçado quando era o primeiro a chegar, saia pra pegar um café e quando voltava, estavam todos esperando. Cheguei as 10h e agora sou o último? Isso era engraçado”.

Sobre Gonz ser a figura central do filme e se isso também é refletido no time de alguma forma durante as viagens, Klaus diz que, “de certa maneira sim, porque ele é um cara interessante. Doidão, sempre vem com algumas coisas diferentes que chama a nossa atenção. Umas ideias. Mas não necessariamente, porque ele sempre fica menos (tempo). Na maioria das viagens ele fica pouquinho. A gente ficava uma semana, ele ficava dois dias. Então ele não é essa figura central nesse sentido”.

Rodrigo TX complementa, “não tem uma convivência. Às vezes a gente está na trip e nem sabe que ele vai chegar. Ele aparece dois dias, um dia ele não vem andar”, “num dia ele aparece com a mulher e com o filho. Outra função do que a gente”, complementa Klaus.

São participações costuradas?
Klaus: “É uma intenção bem clara dele estar fazendo isso. Uma questão de respeito, de fazer sentido. Ele estar costurando tudo que a gente está fazendo hoje. Porque é isso que acontece em realidade. Ele presente ou não.”

Rodrigo: “E ele foi um dos pioneiros do programa de skate da adidas. Já teve uns três quatros anos que não tinha mais time, não tinha projeto nenhum e ele foi o único que ficou. E aí depois, meio que montaram um time em volta dele.”

Klaus: “Eu acho que a história dele costura o skate de hoje. O que a gente faz hoje e a história da gente com a adidas, dele com a adidas.

E ele influencia todo mundo, acaba influenciando de alguma forma, tanto a presença dele nas viagens como na história?

Rodrigo TX: “Eu acho que sim. Mas cada um de uma forma, de uma maneira. É legal de ver ele andando, que ele tá sempre dando risada, sempre se divertindo, passando o bem. Aí, eu leio as paradas dele, e ele fala muito sobre isso.”

Klaus: “Eu acho que ele influencia naturalmente. Não precisa nem estar andando de skate. Mas é isso que eu falei, o jeito dele, as vezes ele vem e caça um assunto que te provoca, desperta uma coisa. Ele faz alguma coisa muito louca que você não se esquece mais. Aquela coisa o dia inteiro foi influenciada por ele, andando de skate ou não. Tipo, lá em Los Angeles, ele chegando (na premiere do Away Days). A gente estava lá no hotel esperando, aí ele chegou de carro, deu a volta. E ele chegou num carro que não é muito a cara dele. Uma cena louca, eu imaginava ele chegar num Calhambeque mas chegou logo num Porsche. Aí ele parou na nossa frente, deu um oi, atravessou a rua, veio correndo e pulou por cima do capô do carro. Quase 50 anos, pulando o capô do carro ‘for fun’. Chegando alegrão. Então, esse espírito dele contagia. A personalidade, não precisa nem andar de skate. E aquele momento a gente ficou louco, aquilo influenciou total. A partir daquele momento o meu dia foi diferente.”

https://www.instagram.com/p/BFSx8xYIYsp/

Nestor Judkins mora em Nova York, cidade que Mark Gonzales reside atualmente, e é um cara bastante influenciado por tudo que Gonz faz. Ele diz que é difícil de explicar essa influência, mas o importante é que tudo seja divertido.

Benny relembrou uma história lendária que ele presenciou pessoalmente com Gonzales. O impulso com apenas um pé, “um pé no skate e um pé no chão, muito rápido pela rua. Eu tentei e não consegui”.

Intimado a também contar pelo menos uma cena vivida com a lenda, Pete citou uma boa. “Tem uma da Austrália. Sob efeito de jet lag. Estávamos num café, 5h, 6h da manhã. E eu estava lá sentado pensando, bem cedo. E eu vi o Gonz subindo a ladeira remando o mais rápido que podia. Com capacete e remando mongo, muito rápido. Eu o chamei dando um alô, ele olhou em volta e continuou remando subindo a ladeira. Eu não sabia onde ele estava indo, mas depois de umas quatro, cinco horas, quando todo mundo estava acordando, Gonz estava voltando remando mongo e disse que tinha um halfpipe por ali e nos chamou pra andar. Mas nós tinhamos acabado de chegar“.




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