Uma homenagem e agradecimento para MCA, porque sem meu amor pelas músicas dele, talvez eu não teria motivação para ir até NY

Auto-retrato no Brooklyn, território do Beastie Boys

Quando fiquei sabendo da morte do MCA do Beastie Boys nessa sexta-feira tive um baque. Foi dolorido receber a notícia e me segurei muito para não chorar enquanto caminhava pelo centro de São Paulo. Tentei homenageá-lo escutando o disco “Ill Communication”, mas logo desisti porque não estava me fazendo bem. Eu costumo até chorar de alegria assistindo o DVD “Awesome; I Fuckin’ Shot That!”, de tanto que gosto da banda e me emociona ver a energia deles no palco com a reação do público, que me faz relembrar o show do Olímpia, em São Paulo, que fui em 1994. Agora choro de tristeza pela perca de um dos três do trio.
Por anos da minha juventude Beastie Boys foi a trilha-sonora do cotidiano, principalmente das sessões de skate. É uma banda que me inspira e empolga demais. E essa paixão foi uma das responsáveis por alimentar o sonho de algum dia poder conhecer Nova York, cidade natal do trio. Quando eu escutava “Licensed to Ill” ficava imaginando como eles fizeram a correria pra produzir o disco em 1986… NY devia ser uma cidade muito diferente para eles se inspirarem e lançarem aqueles tipos de sons. Digo aqueles, no plural, porque rotular Beastie Boys como grupo de Rap é limitado demais. Os caras fizeram música, dos mais variados estilos e muito bem feitos, por isso amo tanto o trabalho deles.
Sinceramente, não sei se quero ver o Mike D e o Ad Rock continuar o trabalho como dupla. Imagino que eles também não tenham mais motivação para isso. Mas torço para que o trio tenha ainda muito material inédito para lançar!

De passagem pelo bairro do Brooklyn ano passado, estava escutando o “Licensed to Ill” no iPhone, mas tive a ideia de pedir pro Quim Cardona colocar “No Sleep Till Brooklyn” no som do carro pra eu gravar esse vídeo de recordação. Porque era literalmente um sonho se tornando realidade. Agora o vídeo se torna uma homenagem e agradecimento para Adam Yauch, porque sem meu amor pelas músicas dele, talvez eu não teria motivação para ir tão longe. MCA, descanse em paz!

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